Apesar de a OA não ter cura, o tratamento adequado pode impedir o seu agravamento e também ajudá-lo a levar uma vida completamente normal.
Os principais objetivos do tratamento da OA são controlar os sintomas — principalmente aliviar ou suprimir a dor, melhorar a capacidade de realizar as tarefas do dia-a-dia e evitar a progressão da doença, de maneira a melhorar a relação saúde-qualidade de vida.
Quais os tipos de tratamento?
Os tipos de tratamentos para a OA podem ser farmacológicos, não farmacológicos e cirúrgicos. As recomendações internacionais para o tratamento da OA do joelho e da anca foram propostas pela Sociedade Internacional para a Investigação da Osteoartrose (OARSI), pela Liga Europeia contra o Reumatismo (EULAR) e pelo Colégio Americano de Reumatologia (ACR).
Estas orientações recomendam que o tratamento eficaz requer a combinação de tratamentos farmacológicos e não farmacológicos (ver Quadro 1). O tratamento cirúrgico pode estar indicado em casos graves, de acordo com indicação médica. Qualquer que seja o tratamento, é fundamental que haja grande empenho do doente, pois sem ele o plano terapêutico não tem êxito.
Os tratamentos não farmacológicos, principalmente o exercício e a educação do doente, tem vindo a ganhar importância, não só pelos benefícios, no que se refere ao controlo de sintomas, mas também pelo facto de se pretender reduzir o tratamento farmacológico ao mínimo indispensável.
Tipos de tratamento da osteoartrose
Não farmacológico
- Exercício físico regular (aeróbio, força muscular, neuromotor, isométrico e aquático)
- Educação do paciente
- Redução do peso corporal (indivíduos com excesso de peso)
- Fisioterapia
- Auxiliares de marcha
- Calçado adequado
- Orientação psicossocial
- Modalidades térmicas (e.g.: aplicação de calor local)
Farmacológico
- Analgésicos (paracetamol, tramadol)
- Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) (oral e tópico)
- Injeções intra-articulares (e.g.: corticosteroides e ácido hialurónico)
Exercício
O exercício físico constitui um aspeto importante no tratamento não farmacológico da OA. A sua prática contribui para a redução da dor e para a melhoria da função da articulação.
O tipo de exercício apropriado e a dose certa são benéficos para manter as articulações mais flexíveis, reforçar os músculos em redor da articulação, aumentar a estabilidade articular e o equilíbrio e reduzir a inflamação articular. O exercício contribui ainda para o alívio temporário da dor, ao melhorar a lubrificação da articulação e a nutrição da cartilagem que, ao aumentar de espessura, consegue amortecer melhor as forças de compressão.
Não só para as articulações danificadas pela OA, o exercício é importante para a condição física em geral, para a capacidade de realizar as atividades diárias e bem-estar (ajuda a dormir melhor, melhora a sua autoestima e reduz a depressão).
Quais os principais tipos de exercício físico?
As pessoas com OA do joelho beneficiam se realizarem exercícios de flexibilidade, força ou resistência muscular e aeróbios. Adicionalmente, os exercícios funcionais que simulam as atividades da vida diária e os exercícios aquáticos, como a hidroginástica, também são recomendados. Além de melhorarem a sua capacidade de realizar tarefas do dia-a-dia, o exercício físico ajuda a controlar os sintomas da OA do joelho e serve também para modificar dois fatores que contribuem para agravar a osteoartrose: a fraqueza muscular e o excesso de peso.
Educação do Paciente
A educação do paciente está relacionada com a capacitação das pessoas no tratamento da sua doença. Neste caso, recomenda-se que aprenda o que puder acerca da OA para assumir o controlo da patologia. Aceitar o diagnóstico de uma doença reumática não é fácil, mas há atitudes e ações que podem ajudar a controlar os sintomas da OA, e saber como agir para a minimizar e ter uma vida normal.